Estar ao lado de alguém que luta contra o vício em jogos de azar pode ser um verdadeiro desafio emocional.
E você não está sozinho nessa jornada – cerca de 2% dos brasileiros enfrentam esse problema, afetando não só o jogador, mas toda a família.
Sabe aquela sensação de impotência quando vemos alguém que amamos perdido no vício?
É normal se sentir assim. Mas e se eu te disser que existem caminhos concretos para ajudar?
Vamos entender melhor essa condição e descobrir como podemos fazer a diferença na vida de quem está lutando contra o vício em jogos.
Entendendo os sinais do vício em jogos
Antes de mais nada, precisamos identificar se realmente estamos diante de um caso de dependência em jogos de azar. Alguns sinais são claros indicadores de que alguém precisa de ajuda:
- Mudanças no comportamento financeiro
- Empréstimos frequentes e dívidas crescentes
- Venda repentina de bens pessoais
- Mentiras constantes sobre gastos
- Pedidos recorrentes de dinheiro emprestado
- Contas básicas atrasadas
- Gastos inexplicáveis no cartão de crédito
- Alterações emocionais e comportamentais
- Isolamento social progressivo
- Irritabilidade e agressividade sem motivo aparente
- Ansiedade intensa quando não está jogando
- Abandono de atividades que antes eram prazerosas
- Mudanças bruscas no padrão de sono
- Negligência com trabalho ou estudos
- Mentiras frequentes sobre onde está e o que está fazendo
E sabe o que mais? Quanto mais cedo identificamos esses sinais do vício em jogos de azar, maiores são as chances de uma recuperação bem-sucedida.
O primeiro passo para ajudar alguém com vício em jogos
Você já deve ter ouvido aquela história de que “ninguém muda se não quiser”, não é?
E existe uma grande verdade nisso. Na real, a abordagem inicial faz toda diferença quando queremos ajudar alguém com problemas com jogos de azar.
Em vez de confrontar ou julgar, tente iniciar uma conversa aberta e acolhedora.
Mostre que você está ali para apoiar, não para condenar.
Por isso, construir uma rede de apoio sólida é fundamental nesse momento.
Afinal, pessoas que recebem apoio familiar têm três vezes mais chances de buscar e permanecer em tratamento para vício em jogos.
O papel fundamental do tratamento profissional
O vício em jogos de azar é reconhecido como um transtorno mental que precisa de acompanhamento profissional.
A boa notícia? Existem tratamentos com excelentes resultados, especialmente quando combinamos diferentes abordagens terapêuticas.
A terapia cognitivo-comportamental tem apresentado resultados surpreendentes no tratamento do vício em jogos. C
om acompanhamento adequado, mais de 60% das pessoas conseguem superar a dependência e retomar o controle de suas vidas.
Como lidar com as recaídas no vício em jogos?
Vamos ser sinceros: recaídas podem acontecer quando falamos de vício em jogos de azar.
E tudo bem! Na verdade, elas fazem parte do processo de recuperação. O importante é não desanimar.
Cada recaída nos ensina algo novo sobre os gatilhos e as situações de risco.
Uma dica valiosa? Mantenha um diário de gatilhos.
Isso ajuda a identificar padrões e situações que podem levar ao comportamento compulsivo com jogos.
As pessoas que mantêm esse registro têm muito menos chances de enfrentar recaídas prolongadas.
O impacto financeiro e como lidar com ele
Uma das consequências mais devastadoras do vício em jogos de azar é o impacto financeiro.
Por isso, parte importante do processo de recuperação envolve organizar as finanças.
Isso pode incluir renegociação de dívidas, estabelecimento de um orçamento rigoroso e, em alguns casos, até mesmo a busca por orientação jurídica.
E aqui vai uma dica que pode parecer óbvia, mas faz toda diferença: bloqueie o acesso a sites de apostas e jogos de azar.
Existem diversos aplicativos e extensões que podem ajudar nessa tarefa.
Quanto mais barreiras colocarmos entre a pessoa e o vício, mais fácil fica resistir aos impulsos.
Perguntas frequentes
Como identificar se alguém está viciado em jogos?
Além dos sinais financeiros óbvios, preste atenção nas mudanças de comportamento relacionadas aos jogos de azar.
Aquela pessoa sempre sociável que agora vive isolada?
Ou alguém que costumava ser tranquilo e agora está sempre ansioso?
São sinais importantes que merecem atenção.
Quanto tempo dura o tratamento para vício em jogos?
Cada pessoa tem seu próprio tempo de recuperação do vício em jogos de azar.
Na real, não existe uma fórmula mágica ou prazo fixo.
O importante é manter a constância no tratamento e celebrar cada pequena vitória no caminho.
O vício em jogos tem cura?
Essa é uma pergunta que muita gente faz sobre o vício em jogos de azar. E sabe qual é a verdade?
Mais do que falar em cura, falamos em recuperação e controle.
Com tratamento adequado, é possível retomar as rédeas da vida e construir novos hábitos saudáveis.
É possível tratar o vício em jogos sem internação?
Na maioria dos casos de vício em jogos de azar, sim!
O tratamento ambulatorial, combinando terapia individual, grupos de apoio e, quando necessário, acompanhamento psiquiátrico, costuma ser muito efetivo.
E mesmo assim, em situações mais graves, a internação pode ser uma opção a ser considerada.
Não deixe o vício em jogos continuar controlando sua vida ou a de alguém que você ama.
Nossa equipe está pronta para ajudar você nessa jornada de recuperação, com profissionais especializados e tratamento personalizado.
Conheça nossa rede de clínicas de reabilitação para dependentes químicos, possuimos unidades em: SP, Sorocaba, Guarulhos, Campinas e uma unidade involuntária.
Fontes consultadas
- Instituto de Psiquiatria da USP (IPq-USP) – “Panorama do vício em jogos no Brasil“, 2023
- Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) – “Diretrizes para tratamento do transtorno do jogo patológico“, 2024
- Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – “Estudos sobre Dependência Comportamental“, 2023
- Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – “Impacto do apoio familiar no tratamento de dependências“, 2024
- Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) – “Relatório sobre dependências comportamentais“, 2023
- Organização Mundial da Saúde (OMS) – “Classificação Internacional de Doenças – CID-11″, 2024
